Reajuste eleva piso de professor para R$ 2.135,64

 

 

O ministro da Educação  Aloízio Mercadante fala  sobre o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015.
O ministro da Educação Aloízio Mercadante fala sobre o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

O novo piso salarial do professor da rede pública será de R$ 2.135,64 o que corresponde a um aumento de 11,36% em comparação ao valor atual. O reajuste foi anunciado ontem pelo ministro Aloizio Mercadante (Educação) e será publicado no “Diário Oficial da União”.

Esse valor é a menor remuneração prevista para docentes da educação básica com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais.

O índice de reajuste é definido a partir da variação, de um ano para outro, do gasto por aluno no Fundeb, fundo composto por impostos de Estados, municípios e União, e destinado à educação básica. No ano passado, o aumento foi de 13%.

“Ela [a lei do piso, de 2008] tem permitido um crescimento significativo do valor real do piso salarial dos professores. A verdade é que nós herdamos salários muito baixo dos professores no Brasil”, disse Mercadante. Segundo ele, a remuneração dos docentes é da ordem de 57% do salário de outros profissionais com mesma formação.

Ele ponderou, no entanto, que “alguns Estados e muitos municípios” não têm aumentado a receita no mesmo ritmo da evolução salarial dos docentes. “Isso tem gerado fortes conflitos sindicais, greves prolongadas, disputas judiciais, que evidentemente não contribuem para a qualidade da educação no Brasil.”

O anúncio do reajuste e do valor final foi precedido de uma longa fala do ministro, em que ele argumentou que a pasta apenas segue o que está previsto na legislação e que, portanto, não poderia neste momento fazer mudanças no modelo de aumento do piso.

“Solo instável”

Em ano de aperto no orçamento de governos e prefeituras, o anúncio do reajuste do piso em janeiro, como em anos anteriores, foi criticado por gestores.

Em dezembro, secretários de Fazenda e Administração dos Estados pediram em carta enviada ao governo federal a “suspensão de qualquer reajuste”, diante da “impossibilidade” de arcar com a despesa. Governadores de dez Estados, além do Distrito Federal, também pediram à presidente Dilma Rousseff que o aumento fosse adiado para agosto.

Na quarta-feira, 13, o Consed (conselho formado por secretários estaduais de educação) reforçou esse posicionamento. Em carta enviada ao Ministério da Educação, a entidade afirma que o atual modelo de reajuste anual “não é mais sustentável e nem tampouco realista” e cobra o apoio financeiro da União aos Estados com dificuldade em implementar o novo valor.

“Avanços sociais ou classistas (por mais legítimos e desejáveis que sejam) não podem ser edificados sobre o solo instável e precário da falta de equilíbrio fiscal”, diz o texto, assinado pelo presidente do conselho, Eduardo Deschamps. (Folhapress)

11% pé o percentual de reajuste do piso salarial dos professores

13% foi o percentual de reajuste concedido no ano passado aos professores

Saiba mais

Cálculo do reajuste

O ministro da Educação do governo Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante (PT), ponderou que não cabe à pasta alterar o modelo atual de reajuste do piso salarial dos professores da rede pública de ensino.

Para isso, é preciso que o Congresso Nacional elabore uma nova lei, destacou Mercadante.

“O Ministério da Educação (MEC) tem uma lei para cumprir e ela é muito clara. Calcula-se uma metodologia e o MEC apresenta um aviso [do reajuste]. Não há como solicitar ao MEC o desrespeito à lei. Mesmo reconhecendo que há problemas fiscais delicados no Brasil”, respondeu o ministro.

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2016/01/15/noticiasjornalbrasil,3561849/reajuste-eleva-piso-de-professor-para-r-2-135-64.shtml

 

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