Medidas de Prevenção para o Câncer de Mama

As mulheres que apresentam história pessoal ou familiar de câncer de mama, principalmente quando o diagnóstico ocorreu antes dos 50 anos de idade, aquelas que realizaram biópsia de mama com resultado considerado de risco para câncer (hiperplasia atípica, carcinoma lobular, câncer in-situ), independente de eventuais alterações genéticas conhecidas, poderiam se beneficiar das medidas preventivas gerais (comportamentais) e especificas (medicamentos ou cirurgia).
Dentre as medidas comportamentais, evitar o excesso de bebidas alcoólicas (mais de três drinks por dia aumentam o risco em 30%), evitar a exposição ao tabaco (uso pessoal ou presença no ambiente), manter atividade física regular (redução do risco entre 10 e 50%), assim como o controle do peso, prevenindo-se da obesidade, seriam úteis para a prevenção do câncer de mama.
O excesso de álcool, principalmente durante o desenvolvimento das mamas (entre 12 e 21 anos) ou, antes da primeira gravidez, considerando seus efeitos mutagênicos e carcinogênicos, pode ocasionar câncer de mama com risco superior a 40% em relação àquelas sem esse hábito.
As opções para reduzir o risco de câncer de mama, a critério da equipe médica e adequada compreensão da mulher, avaliando os fatores de risco, benefícios e efeitos indesejados do tratamento, incluem uso de medicações (tamoxifeno, raloxifeno, exemestano, anastrosol), ou mais radicalmente, ooforectomia bilateral (retirada dos ovários) e mastectomia bilateral.
A remoção das mamas ou dos ovários como proposta para reduzir os riscos do câncer de mama, deve ser embasada nos respectivos fatores de risco e redução esperada no diagnóstico do câncer de mama para uma determinada mulher.
O principal indicativo dessas cirurgias encontra-se na presença de alterações genéticas, principalmente relacionadas a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, determinando risco de câncer de mama entre 81 e 85%, nas portadoras dessas mutações. Entretanto, esse fato ocorre em apenas 5 a 10% dentre todos os casos de câncer de mama, ou seja, o gene alterado surge em uma parcela muito pequena da população (0,4 a 0,7% no caso do BRCA1 e 1 a 3% quando falamos do BRCA2).
Em outra vertente, podemos afirmar que o risco da mulher desenvolver câncer de mama até os 70 anos de idade, no caso das portadoras da mutação BRCA1 será de 60% e de 55% se o BRCA2 estiver presente.
Outros genes importantes incluem o P53, associado a uma síndrome com aumento do risco de leucemia, câncer de mama, pulmão e cérebro, em pacientes com menos de 40 anos de idade (Síndrome Li-Fraumeni), responsável por menos de 7% entre todos os casos de câncer de mama antes dos 40 anos de idade.
Importante mencionar que as mulheres portadoras dos genes BRCA1, com histórico de amamentação por período mínimo de 12 meses, reduzem o risco de câncer de mama em mais de 30%, assim como, a retirada dos ovários ao redor dos 40 anos, reduz o risco em mais de 50%, nas portadoras do BRCA1 e BRCA2.
A partir de quatro de Dezembro de 2013, a Agencia Nacional de Saúde determina cobertura obrigatória para o teste genético, seguindo diretrizes conforme detalhamento no site da ANS, sendo o principal fator a presença de câncer de mama em parente de 1º grau (mãe, irmãs, pai).
Como regra geral, converse com seu médico, discuta seus riscos individuais, as possibilidades de prevenção e a conveniência de se realizar o teste genético. Em qualquer condição, mantenha hábitos de vida saudável, realize exames periódicos, permita-se um diagnóstico e tratamento precoce.

FONTE: Instituto Oncoguia

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