Pró Notícias 175 – Formação Profissional, Direito de todos!

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Embora tenhamos hoje mais de 8 milhões de estudantes matriculados em graduações das universidades, e dos mais de 2 milhões de concluintes anuais do ensino médio, cerca de metade deles tem oportunidade de se matricular em cursos superiores, o Brasil sofre de um problema estrutural que tem determinado a exclusão de 60% de sua população adulta de postos de trabalho qualificados.

Em consequência, convivemos com milhões de jovens e adultos desocupados, desempregados e desalentados – para não dizer excluídos e excluídas da cidadania e de uma vida minimamente segura e feliz.

Nunca foi tão necessário enfrentar o desafio da educação profissional de adolescentes, jovens e adultos, sem o que a sociedade não alcança seus objetivos básicos.

Não se trata – como já se tentou na década de 1970 – de se instalar no ensino médio a profissionalização compulsória da Lei 5692, de 1971.

Foi um retumbante fracasso, que induziu os responsáveis à crença de que a melhor preparação para o trabalho seria um currículo propedêutico, de cultura geral, preparatório à profissionalização em nível superior. A necessidade da sobrevivência pelo trabalho levou os estudantes a altos índices de evasão. Pior: os dois milhões ou menos de concluintes do ensino médio passaram a apresentar níveis baixíssimos de aprendizado e se constituíram, muitos deles, em massa de cidadãos de segunda categoria, sem criticidade e sem habilidades para o mundo do trabalho, cada vez mais exigente de competências especializadas.

Impõe-se aos gestores, professores e demais educadores do ensino fundamental que orientem os adolescentes que o concluem a procurar cursos profissionais nos setores da economia primária, secundária e terciária de seus municípios e região. Extração mineral e vegetal, indústria, comércio e serviços no mundo de hoje precisam de jovens que, ao completarem seus dezoito anos, estejam preparados de verdade para as modernas competências profissionais. Daí a excelência dos cursos “integrados” oferecidos pelos Institutos Federais e escolas estaduais em variados cursos técnicos. Integrados, porque ao mesmo tempo oferecem sólida formação geral e formação técnica adaptada ao mundo do trabalho.

Nesta tarefa, ressalta o trabalho dos(as) orientadores(as) educacionais. Mas a qualquer educador e ao Projeto Político-pedagógico das escolas incumbe com urgência assumir este desafio. Haverá discussão mais urgente do que esta para os conselhos e colegiados escolares? Haverá um presente mais valioso do que este para o futuro dos estudantes?

Responsável: professormonlevade@gmail.com

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